Profanação do Templo explora os cinemas pornográficos como espaços de encontros LGBTQIAPN+. A instalação consiste em 11 monóculos que possuem 11 frames do filme argentino El Sartório (1907), considerado o primeiro filme pornográfico do mundo. Esses frames, impressos em papel fotográfico, sofreram intervenções com bordado e tinta. Além disso, a instalação conta com 4 imagens impressas que mostram um casal gay dentro de um cinema. Nas fotografias, eles se beijam, se tocam e se olham. A outra parte da obra é uma arte sonora com sons de um cinema pornô. A instalação cria um espaço íntimo que reflete sobre a memória e o futuro destes lugares em desaparecimento. Profanação do Templo é um convite para pensar nas salas de cinema, não só como espaços de consumo passivo de imagens, mas como banheirões: espaços de desejo e resistência cultural e sexual que transformam a maneira hegemônica de experienciar o cinema enquanto espaço.