Arquipélago dos Ossos da Terra — Para Bunya traça cartografias alternativas do tempo, enraizadas nas próprias formações geológicas do nosso planeta. Examinando o tempo vulcânico como meio de compreender e expressar a história geológica da Terra, o filme busca uma percepção e um conhecimento que reconheçam a natureza divergente das escalas de tempo que nos cercam. De rupturas catastróficas quase instantâneas à formação de montanhas ao longo de milhões de anos, o filme nos convida a uma imersão no tempo.

Utilizando placas tectônicas como mapas imaginários, Szlam filma uma constelação de antigas formas de relevo, desde vestígios erodidos de atividade vulcânica até relíquias da Floresta Tropical de Gondwana, traçando um caminho ao longo das cordilheiras centro-orientais da Austrália, iluminadas pelos brilhos residuais da erupção de Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai. Szlam filma em 16 mm e monta na câmera, criando paisagens deslumbrantes por meio de múltiplas exposições. As vibrações, murmúrios e sinais da Terra formam a paisagem sonora composta pelo artista australiano Lawrence English. Arquipélago dos Ossos da Terra — Para Bunya evoca as histórias em camadas do Monte Beerwah até as Montanhas Bunya, que dão nome ao filme, proporcionando uma perspectiva única sobre as faces mutáveis ​​de nossos ambientes.