No verão de 1895, Freud teve um sonho com uma ex-paciente, agora conhecida como "Injeção de Irma", que o ajudou a entender o papel do inconsciente no sonho. Segundo Freud, nosso inconsciente constrói sonhos para expressar nossos desejos mais profundos e então distorce essas expressões para nos proteger.Por essa lógica, um sonho é, portanto, uma forma de realização e supressão de desejo.

Embora as teorias de Freud tenham sido rejeitadas há muito tempo, elas fornecem uma estrutura útil para pensar sobre por que os sonhos e o inconsciente são tão frequentemente invocados para descrever redes neurais artificiais e suas visualizações psicodélicas. Da mesma forma que nunca se entende completamente o conteúdo latente de um sonho, os arquitetos de redes neurais artificiais não entendem completamente os mecanismos de aprendizado profundo. Essa falta de compreensão age como uma forma de distorção do sonho, protegendo-nos de nossos desejos mais profundos? Quando construímos tecnologias que “sonham”, que desejos estamos tentando realizar e por que devemos nos proteger de expressá-los plenamente? As redes neurais artificiais são modeladas de acordo com as nossas e treinadas na internet de imagens que produzimos. Dado que esses modelos “vêem” com os mesmos vieses da cultura dominante, o que os chamados “sonhos da rede neural” nos dizem sobre nossos próprios sonhos e desejos inconscientes?

Criado usando um modelo de texto para imagem de aprendizado profundo, Fulfillment of a Wish experimenta contar histórias no espaço latente, refletindo nossas próprias imagens vibrantes, mas de pesadelo, de volta para nós.