SOBRE
2° Festival ECRÃ
Há, no sentido de existir, um recorte. Seja pela câmera, pelo olhar ou pelo “outro” olhar. Mas além da janela vista, os cortes existem para além. Entretanto, sempre transparecem em novos recortes. Seja pela interpretação, pela intenção ou pelo olhar. No ecrã há eternamente mais do que aquilo que se vê.
O FESTIVAL ECRÃ é um evento de experimentações audiovisuais que pensa a obra como um produto que pode ser experienciado de diferentes maneiras, seja numa tela, seja num novo ambiente.
Este projeto surgiu da vontade de questionar a indústria do cinema e seus “elementos primordiais”, e de dar espaço para os filmógrafos experimentarem de forma livre na produção audiovisual.
Release
2° Festival ECRÃ
Quando se pensa em cinema experimental, logo vem à mente filmes desconexos, contemplativos e não narrativos. O Festival Ecrã foi criado em 2017 com a proposta de questionar essa natureza e escolher filmes, narrativos ou não, que experimentam em forma e linguagem sem que necessariamente estejam sobre os rótulos de cinema “experimental” e “vídeo arte”.
Para sua segunda edição, o Ecrã escolheu filmes premiados e selecionados em grandes festivais nacionais e internacionais, além de filmes inéditos e de diretores consagrados, como os casos de Equinócio de Primavera e Equinócio de Outono, do cineasta James Benning, ainda inéditos no Brasil, e Landscape, mais novo curta-metragem do expoente do cinema de invenção Luiz Rosemberg Filho, que apresentará o filme durante o festival. Inédito no Brasil, Mundo Sem Fim (Sem Incidentes Reportados), do realizador Jem Cohen, fará parte do Festival Ecrã. Assim como o curta-metragem. O Espírito da Noite, de Manfredo Manfredini, que, volta ao cinema após vinte anos.
Da última edição do Festival de Berlim, o Ecrã exibirá O Raro Evento, da aclamada dupla de cineastas experimentais Ben Rivers e Ben Russel. Também fazem parte da programação a polêmica experiência de O Cavaleiro das Ruínas, de Pierre-Luc Vaillancourt; o vencedor das últimas edições do Indie Lisboa e do Olhar de Cinema, El Mar La Mar, de J.P Sniadecki e Joshua Bonnetta; e os curtas-metragens: Catálogo e Catálogo Volume 6, da consagrada videoartista Dana Berman Duff. O destaque do BAFICI deste ano, 1048 Luas, dirigido pela francesa Charlotte Serrand também faz parte da seleção.
Do animador e designer de filmes de animação da Pixar e Dreamworks, Luis Grane exibirá seu curta Pachinko, selecionado para diversos festivais pelo mundo. Outro curta premiado é Um Quarto, filme de Hong Kong dirigido por Chong Ming, que passou por mais de cinquenta festivais pelo mundo. O diretor Peter Azen virá ao Rio para apresentar seu longa-metragem Cacaya, exibido recentemente no Festival de Montreal. O longa dividirá a sessão com o curta-metragem Solon, da diretora mineira Clarissa Campolina.
A Irlanda é um dos grandes destaques do evento, com três filmes: da Experimental Film Society, o Ecrã exibirá os filmes Ilhas Fantasmas de Rouzbeh Rashidi e Por Dentro da dupla Vicky Langan e Maximilian Le Cain, além do neo-noir Reino Animal de Dean Kanavagh.
O Festival Ecrã também traz para o Rio destaques de festivais nacionais: Imo de Bruna Schelb Corrêa, exibido na última Mostra de Tiradentes; Sleep Has Her House, do inglês Scott Barley, premiado como melhor filme no Festival Fronteira em 2017; Buraco Negro, de Helena Lessa e Petrus de Bairros, e Não Me Fale Sobre Recomeços, de Arthur Tuoto, destaques da Mostra do Filme Livre.
Montadora de relevantes longas brasileiros, Karen Akerman exibirá Confidente, curta-metragem co-dirigido com Miguel Seabra. O mestre argentino Raul Perrone também estará no Festival Ecrã com Cump4rsit4, um filme de guerra e também sobre o cinema dos anos 20 e 30. O documentarista Eduardo Makoszay exibirá Rochas em Formas de Vento, indicado ao grande prêmio do Jihlava International Documentary Festival.
O evento ainda promoverá o debate da Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine sobre as bordas que separam o realismo e o formalismo do cinema dito “experimental” e o “convencional”, com os críticos Camila Vieira e Filipe Furtado, mediado pelo curador Pedro Tavares. O saguão da Cinemateca também receberá filmes exibidos de forma inusitada, completando a programação.
O Festival Ecrã aconteceu entre os dias 17 e 22 de julho na Cinemateca do MAM no Rio de Janeiro, com entrada gratuita, e com apoio da Universidade Estácio de Sá, Defei.to, Ribas – Foto e Vídeo e Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine. A realização é da 5D Magic e da Cinemateca do MAM.
Apoiadores
Ficha Técnica
2° Festival ECRÃ
Criador Daniel Diaz
Diretores Daniel Diaz, Pedro Tavares e Rian Rezende
Curadores Daniel Diaz e Pedro Tavares
Produção Daniel Diaz, Mariana Valente, Pedro Tavares e Rian Rezende
Co-Realização Hernani Heffner
Identidade Visual Daniel Diaz
Conteúdo Web Daniel Diaz e Pedro Tavares
Vinheta Pedro Tavares
Traduções Ana Luiza Albuquerque e Pedro Tavares
Redes Sociais Ana Luiza Albuquerque, Daniel Diaz, Pedro Tavares e Rian Rezende
Montagem Camila Batata, Daniel Diaz, Jorge Ribas, Mariana Valente e Rian Rezende